sexta-feira, setembro 25, 2009

Intenção

A campanha, já todos a descreveram, foi enjoativa. Nem esmiuçar os sufrágios lhe trouxe grande graça, foi apenas uma breve aragem de frescura. António Barreto descreve hoje no jornal Público os meus receios, subscrevo muito do que escreve, partilho nomeadamente o receio pela ingovernabilidade pós eleições, num tempo especialmente difícil para todos nós. E isto não é apelo a maiorias absolutas ou coisa que seja, absoluto só mesmo o amor.

Mas isto não é uma brincadeira, um país não é propriamente um tabuleiro de monopólio e a imaturidade dos partidos parece indiciá-lo.

Mas ainda assim, brincar é apenas o que me salva às vezes do desalento. Por isso me detive na recomendação do Ipsilon " Votar Pedro Costa". Sim, é o que me apetece. Votar por um país assim, de cineastas incoformistas, verdadeiros, inovadores. Votar por um país em que as pessoas não se vendam nem se comprem, em situação alguma, por coisa alguma, mesmo que esteja em risco a sua própria sobrevivência. Votar pela coragem de enfrentar barões e baronesas, desafiar os instalados, confrontar os corruptos.
~CC~

Nota: Este ano voto na cidade onde moro há cinco anos, pelo menos isso tem a frescura de uma primeira vez.

2 comentários:

sem-se-ver disse...

tb eu sorri com a capa do ipsilon.

e assenti, interiormente, com a cabeça.

deep disse...

Tens razão: falta maturidade aos partidos. A campanha foi mais um lavar de roupa suja, um ping-pong de ataques pessoais, que só acrescentam o nosso cepticismo.

Também eu voto pela primeira vez na cidade onde moro há alguns anos. :)

Bom fim-de-semana. Um abraço do Norte.