domingo, setembro 27, 2009

Mesmo que o amor não pague as contas


...Mesmo que o amor não pague as contas...

Gosto de palavras de ordem verdadeiramente importantes, como estas que agora se podem ler nas paredes do metro em Varsóvia.


Gruas no cais descarregam mercadorias e eu amo-te
Homens isolados caminham nas avenidas e eu amo-te
Silêncios electricos faíscam dentro das máquinas e eu amo-te
Destruição contra o caos, destruição contra o caos, e eu amo-te
Reflexos de corpos desfiguram-se nas montras e eu amo-te
Envelhecem anos no esquecimento dos armazéns e eu amo-te
Toda a cidade se destina à noite e eu amo-te.

José Luís Peixoto

Desde "Nenhum olhar" que lhe sigo atentamente as palavras.

~CC~





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