Gosto de histórias, de lendas, de mistérios. O que me interessa na religião é essa sua enorme relação com o mistério da vida, coisa que a ciência explicou sem revelar. Revelar é esse lançamento de luz, é a chegada da paz com a resposta.
Não esperava, que no dia em que comecei a escrever esta história sobre este lugar com o qual a minha vida em tempos se cruzou, esta capela tivesse sido notícia. Enquanto eu pensava no monte da Senhora da Candosa, nesta história de uma amizade entre uma jovem brilhante da aldeia com o padre que foi seu colega de escola, inspirada em dados tão reais quanto fruto da minha imaginação, a capela era assaltada e foi notícia no telejornal das oito. Acontece que não sou grande espectadora de televisão e nem sequer das notícias de qualquer um dos canais, mas na Quarta estava a ver. Nem queria acreditar no que ouvia, acreditem que durante anos e anos nunca ouvi falar dela e muito pouco daquela região. Mesmo sendo objecto de um assalto estranho (levaram os santos) não pensei que a pudesse ver na televisão, nem às pessoas da aldeia a chorar o ultraje à sua santa.
Era a minha Candosa, no mesmo dia escrita pelos meus dedos e objecto público de notícia. Há coincidências, tentei concentrar-me nisso, nas enormes coincidências, afinal só se podia mesmo tratar disso. Ou então, a senhora da Candosa, sempre pronta a pregar partidas, como em tempos fazia com os mouros que queriam inundar a aldeia.
~CC~
2 comentários:
A senhora Candosa?
pois
de quando em vez repete partidas
Interessante o seu texto
Acredite-se ou não, os locais de culto merecem respeito - em consideração a quem acredita e ao próprio espaço, se não pelo valor patrimonial, pelas memórias que nele habitam.
Por vezes, as coincidências resultam agradáveis - e eu gosto muito que elas aconteçam! -, mas, infelizmente, não foi o caso...
Bom fim-de-semana! :)
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