quarta-feira, outubro 12, 2011

Serra mãe

Faço fintas às rotinas.

Deixo a miúda na escola e sigo em frente, apanho a estrada directa à Arrábida e paro para tomar um café na praia da Figueirinha.

Não me canso de amar esta serra e estas enseadas azuis, com um estuário tão manso.

Volto pela estrada do campo, o carro mal passa entre as veredas verdes, é quase toda à sombra das árvores. Venço o medo de andar por ali sozinha.

Demorei apenas uma hora, mas o que esta pausa não fez por mim. Volto para trabalhar com o sangue mais puro e um gosto tão grande nesta minha liberdade.

Serra mãe, diria o poeta. Dia 28 tenho um encontro com ele, e deverá estar presente a mais bela viúva que conheço, a única que se diz eternamente casada.

~CC~

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