sexta-feira, abril 08, 2011

Surpreendentes as manhãs

Os meus sonhos são assim, e por isso ele parecia vindo do meu sonho, apeteceu-me dizer-lhe: espere um bocadinho que quero ver se é real. Que diriam se ainda antes das 9 da manhã vos aparecesse um homem jovem, de cabelo comprido, todo vestido de preto, montado num cavalo branco? E ainda sorria, marchando lado a lado com os carros da maior avenida da cidade.


A mulher aperta o botão da blusa da frente, na qual o talhante está fixo. Fixa-lhe os olhos e desce até a blusa e faz novamente este percuro várias vezes. Ela, muito calma, trata-o pelo nome. Nnehum deles sorri, estão ali algum tempo numa espécie de hipnotismo mediado por costeletas de porco e bifes de perú. Eu assisto, mas na realidade sou transparente, nenhum deles olha para mim.


A caixa atrapalha-se com o código dos morangos, chama uma outra funcionária pelo telefone, mas a da padaria responde-lhe: eu vou! É que sei de cor o código dos morangos. E assim é, são só 7 numerozinhos que ela decorou. Um talento perdido provavelmente.


Uma grande algazarra no café, passo por perto, e vou ao multibanco paredes meias. Discutem muito alto, penso comigo que devem estar a discutir a situação do país, tenho um pensamento deveras positivo, penso que esta crise trouxe outra vez para a rua a discussão das políticas. Mas depois apuro o ouvido: ah, afinal discutem futebol. Está tudo como dantes.


~CC~






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