domingo, março 20, 2011

Domingo no mundo

É preciso deixar que cada bocadinho de sol possa fazer nascer as flores na minha pele.

Assim enfrentarei melhor as tempestades dos dias, e as feridas que se abrem diante de mim, por vezes expostas nos olhos que quem passa, e de outras escancarada nos olhos de quem não nos vê do outro lado do mundo, mas que nós vemos ali, como se acordasse ao nosso lado. A dor é a dor, mesmo quando ela aparece em rostos japoneses sem lágrimas. De repente, eu sou a jovem que usou durante anos o crachá a dizer nuclear, não obrigado.

Somos esse pânico diário de um país à beira do nada, e somos também quem se esquece dele rapidamente, basta que seja Domingo de Primavera perto do mar. Basta que uma mão não nos deixe ir com o vento.
~CC~

1 comentário:

Gregório Salvaterra disse...

Ainda tenho um para ali guardado.
Diz "nuclear? Nein danke!"
Acho que temos que voltar aos crachás...
Beijo
*jj*