quarta-feira, outubro 06, 2010

Brasil

Depois de Nelson Mandela não houve mais ninguém, depois dele deu-se a morte dos políticos.

Agora aparece Lula, sendo que este agora é tardio. Agora damos conta que ele existia porque está de saída e quer passar um legado. Dizem que o Brasil cresceu economicamente tendo como horizonte o povo e isso parece-nos impossível na era do capitalismo global. Ninguém pensa nos mais pobres em Angola ou na China, países que até há pouco ninguém colocava na esfera do capitalismo puro e duro. E Lula tinha elos duvidosos, deixava-se seduzir por ditadores com perfil revolucionário.

Não queria acreditar no brasileiro, homem de meia idade que dizia olhos colados na televisão que ia votar Lula (apesar de não ser ele, é como se fosse) porque muitas tinham sido as melhorias na sua comunidade. Na sua comunidade, já ninguém diz palavras destas. Os políticos não interferem nas comunidades, quando chegam ao poder já perderam todos os laços, forjam-se nessa perca. Há alguma coisa de estranho neste Brasil, ou então é mero embuste, uma ilusão.

O Brasil é metade da minha imaginação, um bocado do meu sangue. Agora mais.
~CC~

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