Às vezes penso na fronteira que trouxe para esta Ardósia, ela está cheia de mim, mas muito pouco das coisas que eu faço. Às vezes quando a nível profissional uma coisa se torna transbordante concedo-me a possibilidade de falar nela, mas nunca numa perspectiva didáctica, ou sequer de partilha de saberes. Por acaso hoje aconteceu uma coisa transbordante; fui conversar sobre amor e sexualidade com os +65 que frequentam uma universidade sénior. E foi muito bom.
Escrevo sobre Educação, mas não aqui. Pensei nisso por causa do Leandro, pensei como era possível não escrever sobre ele aqui, mas na verdade já o fiz noutro lugar, aliás já tinha escrito sobre o Leandro antes dele existir como o menino que se deitou ao rio, era um outro, uma outra, outros nomes com a história dele.
Escrevo sobre Educação, mas não aqui. Pensei nisso por causa do Leandro, pensei como era possível não escrever sobre ele aqui, mas na verdade já o fiz noutro lugar, aliás já tinha escrito sobre o Leandro antes dele existir como o menino que se deitou ao rio, era um outro, uma outra, outros nomes com a história dele.
Fugi a sete pés de todas as propostas de fazer blogues colectivos sobre Educação e raramente leio os que existem, abrindo a única excepção para o Tempo de Teia , acho que pelo facto de no meio da Matemática ela misturar gatos e rosas do quintal. Acho que sei porquê. A vida profissional tomou-me demasiado tempo, às vezes quase todo o tempo. Sempre a estudar e a trabalhar, e muitas vezes acumulando ainda mais este ou aquele projecto, tive muito pouco tempo para mim. Não sei o que é estar em casa e pensar em como ocupar o tempo, o meu tempo está sempre previamente tomado por alguma coisa.
Arranjei esta ardósia para mim, para o espaço de mim que não está tomado. É como um segredo, um lugar em que posso simplesmente existir. E quando vou pela blogosfera à procura, só procuro escrita, gente que escreve com o coração a pulsar por dentro do quotidiano, gente como a Ana.
~CC~
2 comentários:
falar sobre o trabalho não é minimamente interessante, bem, devemos saber para quem, falar sobre nós será interessante? a mim sempre me interessou mais o espaço da subjectividade que a política e a educação, mais a poesia que a linguística,etc. daí que cada um falar de si, parece-me até a graça da blogosfera senão lemos jornais.
(comungo da opinião sobre a Ana)
Um sorriso para ti... :)
E um beijo
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