A violeta morreu submersa em água, gostava da cor das suas flores pequeninas e viçosas. Devia ter cuidado de a trazer para dentro e lhe dar o meu sol possível. Ainda espero por um milagre, ainda espero que as suas raízes não tenham apodrecido totalmente na chuva.
O cacto apanhado nas areias de Tróia, no final do Verão passado, esse vive num recanto mais protegido, por ter imaginado que ele devia sonhar com o deserto e com a vista do mar. Emergiu do seu centro uma haste comprida que termina numa rosácea de flores amarelas pequeninas.
O pé de lírio multiplicou-se em vários pés e como no ano passado não teve flores, julguei-o estéril, mas tem dois botões formados, e não sei se serão brancas ou roxas as pétalas em emergência.
Não há mais flores, há plantas dobradas pelo vento, com marcas de tempestade, mas ainda assim resistentes. Plantas onde me vejo ao espelho.
Se quiserem outro tipo de notícias, têm agora vários e múltiplos canais disponíveis, que conseguem colocar ao mesmo tempo as mesmas notícias, por isso também não sei se vale a pena mudarem de uns para outros. Agora sobre a minha varanda, sobre ela só eu dou notícias.
~CC~
3 comentários:
As notícias que mais gosto são as da tua varanda! :-) ... muito obrigada por todas elas! ... :-)
Bjs e bom resto de fds
... eis um jornal sem sombra de pecado: não tem publicidade nem novas de corrupção passiva ou violência à solta. Uma vez por outra surgem estes raros oásis nos desertos da comunicação escrita.
Estas notícias importam-me. Assisti com tristeza à evolução desse fenómeno que eu não sabia ser possível: a água, quando demasiada, mata. Assim estava a acontecer com a lúcia-lima, a hortelã, a salsa. E eu assustei-me. Mas agora, rebentaram com tanta força, tal como umas margaridas que, como o teu lírio, pensava já estarem condenadas. Gosto muito das notícias da terra. Saber que ela, no mais pequeno vaso, continua a reproduzir este mistério do que renasce.:)
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