sexta-feira, outubro 09, 2009

Da vida e da morte

Comenda, Outono de 2008

Hoje acordei especialmente feliz, não só por ser Sexta Feira, mas também porque nasceu há dois anos atrás um rapazinho tamanho de uma mão que contra tudo sobreviveu. Filho de uma mãe também sobrevivente de doença grave, deve ter bebido nas suas entranhas a força da vida. O facto dele estar hoje connosco é motivo de uma alegria imensa, como se com ele se tivessem fortalecido entre nós os laços que já eram fortes.


Mas logo entristeci porque morreu a mãe de uma amiga querida, alguém a quem a minha filha um dia descobriu não ser tia dela por acaso, porque sempre lhe tinha chamado assim. Arranjei mais irmãs além das duas que já tenho e esta é, de certeza, uma delas. Há dois dias tinha deixado uma mensagem comovente no post que escrevi sobre o meu Outono, com um pedido de não publicação. Agora está ali secreto cada vez que entro no blogue porque não consigo apagá-lo. A mãe dela foi uma mulher de uma enorme coragem, lutou pela vida até a morte a levar.

Então, metade de mim ficou ainda a rir com o riso do meu sobrinho mais pequenino e a outra metade ficou a chorar com a dor da minha amiga. Metade vida, metade morte.

~CC~

4 comentários:

Anónimo disse...

Gosto dos seus textos. É isto mesmo a vida. Aprendo sempre consigo.

Madalena

deep disse...

Não sei o que posso dizer-te sem entrar em clichés. Fica o melhor que puderes. Um beijinho. :)

CCF disse...

Madalena, também aprendo consigo. E em relação à pergunta de um post antigo que me fez: sim, a Rita veio com o pai.

Deep, as emoções esgotam-nos mais quando são uma montanha russa.

Abraço às duas.
~CC~

CG disse...

De morte... de dor... de tristeza e de desespero...
Mas, também, de alegria ... de amizade... de serenidade e ... de esperança...
Assim têm sido os últimos tempos... E de descoberta em descoberta, de mim e dos outros, sinto-me a crescer... Obrigada!!!
CG