É um clássico, a mulher e o homem abraçados, aninhados numa praia deserta, onde as ondas batem forte. Lá a areia é escura, o vento forte, o mar agreste. As figuras parecem muito pequenas na imensidão da natureza e como tal agarram-se mais uma à outra. Não é apenas a natureza que os assusta, também a maldade do homem que os persegue. Nada desperta mais ódio alheio do que o amor, especialmente daqueles que não o podem ou não conseguem ter.
É verdade que Abraços desfeitos corresponde ao que se espera do realizador, repete fotograma por fotograma tudo o que sabemos dele. E é previsível sim, esperamos que aconteça quase tudo o que vem a acontecer. Mas não me importei, gosto de saber com o que conto. E ele é um amor consolidado, um abraço que não me parece que algum filme possa vir a desfazer. Bonito, este filme. Ainda assim, não me parece que possa roubar do meu coração o primeiro lugar do "Fala com ela", porque a vida a vencer a morte é coisa que mais esperança me traz.
~CC~
1 comentário:
Curioso que ainda hoje fiquei a olhar para o cartaz deste filme e tive vontade de ir vê-lo...mais pelo título, que gosto da sonoridade "abraços desfeitos", embora o significado não seja dos melhores :-). Obrigada pela partilha. Bjs.
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