Ele traz dentro dos olhos todos os montes de pedra e erva do lugar em que nasceu, misturados com notas de canção francesa das outras rotas do mundo por onde os pais o levaram. Ele tem sempre um elogio, uma brincadeira, as moedas certas na mão para nos pagar o café da manhã.
Nos lugares de trabalho os amigos demoram a chegar e ainda mais a ficar, parecem ser fogos fátuos que tanto nos alumiam como quando damos conta já não estão, deixando um friozinho na nossa alma. Com ele não é assim, ele continua lá, mesmo quando os tempos que temos são tão poucos que quase só nos cruzamos uma vez por semana. Mas sabemos que ao alcance de uma palavra, um mail, um tefonema, não nos deixará jamais sozinhos do outro lado da linha, ele responderá. Gosto muito desse seu dom, dessa sua bondade, dessa reciprocidade que constrói com os outros.
Não posso dizer se o seu mundo é triste ou alegre, mas posso dizer que sabe rir, sabe ser sério, sabe calar-se quando ficamos tristes. Gostaria de aumentar o seu grau de felicidade sim, mas não depende nada de mim. Vejo-lhe por vezes os olhos em viagem para esses lugares, uma aspiração a uma outra vida, um sonho que se lhe atravessa na quietude dos dias e penso para onde irá, que caminhos seguirá no encalce dessas chamas. Imagino-me a visitá-lo daqui a uns anos num outro lugar, mas a música, essa será a mesma, os acordes quentes de umas mãos estendidas quando precisamos delas. Foi com ele que aprendi que mesmo que ninguém lesse era importante escrever. Mais tarde ensinou-me a fazer ardósias azuis e é por isso que aqui estou.
Não posso dizer se o seu mundo é triste ou alegre, mas posso dizer que sabe rir, sabe ser sério, sabe calar-se quando ficamos tristes. Gostaria de aumentar o seu grau de felicidade sim, mas não depende nada de mim. Vejo-lhe por vezes os olhos em viagem para esses lugares, uma aspiração a uma outra vida, um sonho que se lhe atravessa na quietude dos dias e penso para onde irá, que caminhos seguirá no encalce dessas chamas. Imagino-me a visitá-lo daqui a uns anos num outro lugar, mas a música, essa será a mesma, os acordes quentes de umas mãos estendidas quando precisamos delas. Foi com ele que aprendi que mesmo que ninguém lesse era importante escrever. Mais tarde ensinou-me a fazer ardósias azuis e é por isso que aqui estou.
Atrasada, incorporada numa seita que me leva a mil afazeres e me afasta de tudo, venho dar-te mesmo assim os meus parabéns e um abraço grande e doce.
~CC~
3 comentários:
Pois, muito obrigado por existires e te cruzares, às vezes, comigo....
Que posso mais eu dizer a quem além da mão também nos lê a lama?!
Mil beijos
João
:) alma, pois...
Beijos
~CC~
Sim, alma claro!
Enviar um comentário