terça-feira, maio 13, 2008

Temor, tremor.

Há mortes embrulhadas na revolta do mundo, vitímas de ditaduras, de actos terrorristas, de conflitos prolongados, da corrupção infiltrada entre os poros do negócio. Mortes que são gritos, mortes que nos dão vontade de gritar. E depois há estas mortes brancas, corpos tombados num repente sem sentido, um temor, um tremor. Há silêncios com os quais acordamos, mortes que não choramos, mas nos perturbam e incomodam. É tão longe a China, é tão longe a Birmania. Mas é como se aquela dor embrulhada em chuva fosse ainda de algum modo a minha dor.
~CC~

2 comentários:

Nenúfar Cor-de-Rosa disse...

Tão longe e tão perto...há bem pouco tempo estive com uma senhora que trabalha como doméstica cá em Portugal, disse-me que era da Ucrania, mas que a terra dela era Bielo-Rússia(não sei se está correctamente escrito)...teve que sair de lá devido ao acidente de Chernobyl. Foi em 1985 ou 89 e pensávamos que era longe, e agora temos testumunhas aqui tão perto...Beijos e boa semana.

Mar Arável disse...

Não há distância para

a solidariedade