domingo, fevereiro 24, 2008

Crioula


Venho de um lugar em que as árvores secas choram a dor dos homens e das mulheres. Eles, ao invés de chorar, cantam e dançam para espantar a angústia que aperta os corações. Não se sabe onde é que a tristeza acaba para começar a alegria, apenas as vemos enroladas como um espesso manto onde os olhos se abrem e fecham.

E as nuvens que não chegam a parar levam com elas para longe tantos e tantos apenas meninos, fazendo de cada país lá longe mais uma ilha, mais um lugar de saudade. Cada conversa no terreiro de S. Nicolau é uma viagem pelo mundo.

É preciso ir além, muito além do Sal- deserto reconstruído para turistas-para sentir. Desta vez sim, bateu na minha mão o seu coração. Tudo é diferente quando nos aguarda gente crioula.

~CC~

1 comentário:

Gregório Salvaterra disse...

M'bai pa Rotcha Scribida
M'ba panha três caninha verde
Conde m'bêm m'k'ocha
Mam Bia
(...)
(Amandio Cabral)

Tchá tcheu tchigadinhe
*jj*