As minhas bandeiras são panos enormes postos no céu. Deixo-lhes o meu coração com tal intensidade que nunca descanso. Isso às vezes faz-me chorar. Tenho a dimensão da minha radicalidade e exigência no confronto com o mundo e a medida da dor que ela me traz.
As tuas bandeiras são tiras de pano coladas ao chãos que constróis e reconstróis como se fossem tapetes escolhidos para combinar com a mobília. Tu não choras, não podes. Tu recuas sempre à medida do que é inteligente fazer para amortecer o choque e a queda e com isso moderas sempre o impacto da dor.
É difícil dizer quem está certo. Provavelmente nenhum de nós.
O único problema é que às vezes precisava de alguém que levasse os meus olhos a passear quando eles se cansam.
~CC~
5 comentários:
provavelmente os dois.
mas é tão bom conseguir chorar.
Ninguém pode olhar por nós, no nosso lugar. Desilude-te. Que seria de nós se assim fosse?
Marta, chorar parece que é das primeiras coisas que fazemos, isso deve ter algum significado :)
Cristina, não estou assim tão certa como tu que seja impossível, pelo menos numa certa forma de olhar para o mundo(claro que não é de "tudo" que falo, dessa impossibilidade acho que tens razão...)
Limpas as lágrimas aí vão beijos duplos
~CC~
A vida é feita de encontros e desencontros. Vejo que começas a ter a ardósia riscada... Tenho a certeza que muitos mais riscos virão de bamigos que já tens ou outros que venham a descobrir este teu novo cantinho.
Um dia ainda voltaremos a conversar sobre o sentido destas ardósias virtuais que podem servir para tanta coisa diferente!
Voltarei a riscar por aqui.
Um abraço apertado
João
João, vem riscar sempre que te apetecer :) És muito bem vindo!
~CC~
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