terça-feira, dezembro 06, 2011

Ganhei um pássaro azul

Cresceram-me as asas nestes anos
cada abraço
cada lágrima
cada dúvida
é uma soma feita de um vento agridoce
outra eu
a mesma eu

Ou fui eu que cresci
e agora já sei olhar as minhas asas?

Ou foi um pássaro que tinha preso cá dentro
que resolveu soltar-se
e pousar no dia 5 de Dezembro
resolvido a dizer-me segredos

amiga, diz ele baixinho
sê feliz
despacha isso
vai por aí

tem um ar malandro
mas grave
como uma formiga com voz de cigarra

um guarda rios atencioso

o mais belo pássaro azul

que às vezes faço voar dentro de mim.


~CC~

6 comentários:

José disse...

Muitos parabéns! Srª Professora Doutora.

Sê feliz.

jmom

Margarida Belchior disse...

MUITOS PARABÉNS!!! Agora aqui! .. :-)

Que bonito esse teu pássaro azul!

Beijinhos grds

Gregório Salvaterra disse...

"É preciso ter asas, quando se ama o abismo.." terá dito um certo filósofo que acho que nunca compreendi bem. E assim concordo e discordo, viro do avesso e sacudo e daqui saem-me palavras a voar que é o que elas fazem mesmo quando não há vento para as levar. Voam porque nasceram com asas e são também abismos que tanto assustam como atraem.
Eu vi essas cores todas reflectidas no azul e senti a brisa voluta desse adejar.
É preciso ter asas, meu amor. A amar por dentro os abismos.

Um beijo na fresca doutora
*jj*

CCF disse...

JJS, que bonito!
Um beijo
~CC~

jrd disse...

Agora é preciso prolongar o voo, o infinito é o limnite.

CCF disse...

JRD, obrigada...prolongarei, não sei se exactamente pelos mesmos trilhos :)
~CC~