Uso palavras tais como ritual de dominação e poder para falar das praxes.
Dominação?
Poder?
Eles não sabem o que é, quanto mais conjugar tais palavras medonhas com o divertimento das praxes.
As raparigas tratam-se pior umas às outras do que os rapazes as tratam, o uso da palavra gaja tornou-se corrente, quando era adolescente chorei quando ia a passar e um homem das obras me chamou assim, achei uma ofensa.
Amanhã estarão na minha sala e tenho que desfocar o olhar para não os ver cobertos de farinha, iogurte e outras matérias pegajosas com que andaram sujos e felizes.
Preocupo-me ainda, o que deve querer dizer que não estou velha o suficiente para olhar para o mundo com a indiferença que ele parece merecer. Não, tudo ainda me faz sofrer.
~CC~
2 comentários:
Até poderia entender um transitório estado de excepção, associado a um ritual de passagem, mas o que se passa com as praxes e outras "tradições" ditas "académicas" é simplesmente parvoíce. Choca-me menos a figura dos praxados tratados por "bestas" do que a figura ridícula dos praxantes a dar ordens ridículas e a gritar histericamente insultos e palavrões a uns patetas que lhes dão consentimento (não sei se realmente informado) para o fazerem.
Se não entendem o sentido ético do que andam a fazer e ao que se sujeitam, podiam ter ao menos alguma preocupação estética e fazer alguma coisa engraçada. Tudo isto é feio.
Tens razão. Também não repouso na cadeira de balouço da indiferença.
Beijo
*jj*
Estes "rituais de dominação e poder" são mesmo estúpidos: são humilhantes e esteticamente muito feios.
Há brincadeiras e partidas tão divertidas e engraçadas que se podem fazer ...
Não suporto, também!
Beijos
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