Imagem retirada de: http://www.topearl.com/pimages/Coral_Color_shell%20pearls.jpg
Sentadas à mesa de Domingo, com o cansaço colado manso na pele, falamos de coisas simples como as cores da moda deste Outono. Interessa-me invugarmente este ano o assunto, isto porque tenho a teoria de que as cores que gosto mais dia menos dia estão na moda, como o roxo e o lilás, finalmente em abundância pelas montras. E há algumas que nunca visto como o verde, porque jamais poderemos imitar a beleza do verde da natureza, e quando o vestimos parecemos plantas sem graça.
Esta ano, qual alquimistas, os estilistas entraram em devaneio, resolveram trazer-nos cores sem nome, investiram de tal modo em cambiantes dos vários tons, que nos deixam confusos na nomeação, e assim aumentaram o léxico das vendedoras das lojas. A minha mãe, de (+) 80 anos, resolveu bem a coisa, disse que este ano a moda eram as cores abstractas.
Penso que é assim também a saudade quando ela começa a perder o rosto, torna-se uma saudade em abstracto em vez de ser concreta, de ter rosto. É uma saudade de uma cor sem nome, tem lá dentro apenas um sentimento de nostalgia, de uma coisa perdida. É a saudade do amor, em vez de ser a saudade de um amor.
Este Outono as cores não têm já os nomes antigos, andam em demanda à procura de nomes novos, reinventando-se dentro do que é velho e parece gasto. Se assim fosse com todas as coisas.
~CC~
Veja-se o que se diz do coral: "Coral é uma cor vermelho ligeiramente aclarado com branco, sem chegar a ser rosa, que deve seu nome a um tipo de cnidarias chamadas coralé. Em mistura sustractiva obtém-se suavizando com alvo um vermelho intenso, podendo desviar-se minimamente para o magenta ou para a laranja. Em mistura aditiva, seria o resultado de somar um pouco de luz azul e um pouco de luz verde a luz vermelha ao máximo" (in http://pt.wikilingue.com/es/Coral_(cor)
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