O coração é papel
rasgado, amarrotado, torcido
e ainda assim
pronto a ser alisado
ficar como novo
transformar-se em papagaio
riscar o céu
O coração é sopro de ar
fiozinho, vendaval, aragem
e ainda assim
pronto a respirar compassado
se lhe apanharem o ritmo certo
transformar-se em saxafone
arrepiar a noite
o coração não morre
o coração não morre
só quando já morto.
~CC~
2 comentários:
E mesmo assim, ainda há vezes que se perpetua noutras corações.
Lindo o seu poema... muito profundo
como todas as suas publicações.
Bem-Haja pelas palavras que vai partilhando connosco.
Ana
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