sábado, julho 03, 2010

O que sobra dos dias

A academia no seu processo de catarse, uma espécie de festa, pudesse o saber ser realmente isso, por vezes quase conseguimos. Eu, estendendo a toalha a fingir que aquela era a minha praia, e conseguindo uns bocadinhos de sol. Eu, uma metade de mim. Um sabor a alguma coisa boa, e depois logo um sabor a pouco.


A Espanha a festejar na praça com o meu nome. O Brasil a minguar até o samba se tornar fado. O Eduardo que faz toda a diferença, também por ter uma mulher atleta em vez de uma barbie.

O teu sorriso à minha espera, essa bondade que tardou tanto a aparecer no teu olhar e agora me comove. As árvores do anfiteatro da Gulbenkian cheias do vento da noite, os olhos a fecharem-se no meu cansaço, a voz da Lula Pena feita um lugar quente.

Ela grande, a passar-me em altura, a chamar-me, a inquietar-me, ela a crescer, mais em alegria do que em dor, ela a levar-me tanto do meu coração.

Os sinais cifrados de alguma coisa que não sei, da qual nunca tenho a certeza. A vida, sempre este mistério, esta incerteza, estas pessoas no limbo de existirem ou desparecerem das nossas vidas.

A vida, essa lugar onde algumas pessoas estão mesmo ao nosso lado.

~CC~

2 comentários:

Margarida Belchior disse...

...sobram coisas fantásticas todos os os dias!! ... :-)


Bjs mto grds

R. disse...

Estão mesmo ao nosso lado e tornam-na (à vida) preciosa.