O que ele não sabia era que ela rondava outra vez o lago, como quando tinha 18 anos. Mas não levava pão na mala, só desespero. E esse não alimentava os cisnes pretos. E continuava a não saber nadar, nunca aprendera.
O que ela não sabia era que ele tomava aqueles comprimidos redondos e pequeninos para dormir. Não sabia que ele já não passava sem eles.
Ambos sabiam o que os entristecia, mas a tristeza tornava-os mudos. Cada um conjecturava soluções para a conta a zero no banco. Ela tinha pena de nunca ter querido o ouro que ele lhe queria dar pelos anos, agora sempre o tinha. Ele tinha pena de nunca ter aceite os relógios que o avô lhe queria deixar em herança, agora talvez pudessem valer-lhe.
Nenhum pensava em dizer nada às respectivas famílias, seria uma vergonha.
O que ela não sabia era que ele tomava aqueles comprimidos redondos e pequeninos para dormir. Não sabia que ele já não passava sem eles.
Ambos sabiam o que os entristecia, mas a tristeza tornava-os mudos. Cada um conjecturava soluções para a conta a zero no banco. Ela tinha pena de nunca ter querido o ouro que ele lhe queria dar pelos anos, agora sempre o tinha. Ele tinha pena de nunca ter aceite os relógios que o avô lhe queria deixar em herança, agora talvez pudessem valer-lhe.
Nenhum pensava em dizer nada às respectivas famílias, seria uma vergonha.
~CC~
1 comentário:
A tristeza emudece, e o silêncio também. Importa quebrá-lo antes que solidifique.
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