Trazemos amarrados a nós cheiros e sabores que fazem tão parte de nós como a cor dos cabelos ou dos olhos. Por isso neste lugar chamado família não há Natal sem cheiro a laranja açucarada. Senti-o hoje ao chegar a casa vinda de um dia adverso, em que por um momento me senti tão perdida que não tive certeza se conseguiria achar o caminho de casa. E depois entrei aqui, na meu apartamento pequenino, nesta cidade que me alojou, e cheirava ao pudim de laranja que me lembro fazer parte de todos, todos os Natais. Era a minha mãe que o tinha acabado de tirar do forno, 82 anos inteiros e faladores, a dizer-nos que ainda está ali, que haverá sobremesa para o dia 24, a mesma, a que todos adoramos. Ajudei-a no segundo doce eterno na nossa mesa: a torta de cenoura. E tive a certeza que é nestes gestos pequenos que nos fazemos gente.
~CC~
4 comentários:
E contem comigo para os filhoses. Levo a aguardente.
E beijos.
*jj*
Hummm... pudim de laranja! Também gosto. Até consigo imaginar esse cheirinho... e o sabor!
Aproveito para desejar um Natal Muito Feliz, pleno de bons aromas.
Um abraço. :)
oh... que bonito.
e que interessante tambem, seja pelo pudim de laranja, seja pela torta de cenoura (conheço pouca gente que saiba o que isso é!) que era uma das delícias que a minha Mãe fazia maravilhosamente!
:)
Bom Natal para ti e para os teus, cc.
engraçado nós lá em casa é a torta de laranja, esses cheiros, os gestos e o calor das cozinhas sobreaquecidas por causa do borrego a assar no forno. passado. hoje não é nada assim.um beijo e um excelente Natal!
Enviar um comentário