domingo, setembro 06, 2009

Grão de areia

Foi um grão de areia, parecia pequeno, inodoro e quase incolor, absolutamente incapaz de se alojar na minha pele. Mas ficou, colou-se a mim, entrou nos olhos a fazer-me lacrimejar. Parecia um nada arrumado, um tempo arquivado, uma palavra vazia. E, no entanto, desarrumou o passado, perturbou o presente, infiltrou-se no futuro.
~CC~

2 comentários:

Cristina Gomes da Silva disse...

:) os pequenos nadas, não é?

Gregório Salvaterra disse...

É mesmo.
Mas, olha, há tantas infiltrações no futuro que tudo se há-de desenhar na forma da esperança. O passado... talvez seja apenas uma memória conjugada com um olhar do presente.
Estamos, vamos, somos...
Beijo
*jj*