Há algum tempo que os vírus globais eram reais, mas ainda assim mais valia assobiar para o lado, e quanto mais eles viajassem para países pobres, melhor dormíamos. Foi assim com a SIDA.
Sabíamos que os vírus são capazes de cruzar fronteiras com a mesma facilidade com que antigamente os miúdos saltavam ao eixo. E agora respiramos medo e hesitamos entre nos barricarmos em casa cheios de latas de comida até que tudo passe, ou viajar directamente para o coração do risco, pensando que quanto mais depressa melhor e até há quem já faça contas à vida pensando que antes agora do que no Inverno. E até há quem, na melhor linha das conspirações ocultas, ache que ele nasceu no laboratório e foi devidamente encaminhado para vender muito antiviral.
Lá se vai a nossa racionalidade, presa frágil de um bicharoco devidamente baptizado. Pensavámos que isto da gripe fazer morrer gente era coisa da Idade Média e não da Era Tecnológica, e acontece-nos esta loucura.
Se conseguirmos conter essa loucura poderemos talvez superar isto, mas se não conseguirmos, tudo poderá descambar, a começar no que mais atemoriza todos em tempo de esperança: a crise económica a persistir. Lavem muito as mãos é o que nos dizem, como sempre a Saúde Pública a evidenciar que tudo reside na higiene. Mas há outra higiene com a qual ninguém se preocupa: a fragilidade mental do ser humano. E eu diria que é aí que tudo reside.
~CC~
2 comentários:
Parece-me que há muito alarmismo. A comunicação social é, como acontece muitas vezes, grandemente responsável por isso.
A verdade é que não há forma de evitarmos a doença. O contacto com as outras pessoas é inevitável. Preocupação em demasia traz o pânico e este, como escreves, tolda-nos a razão.
Bom fim-de-semana. :)
Bjs
Vamos com cautela, são mais antigos que nós e a meu ver podem bem dominar o mundo.
Não vivo em pânico e medo.
Mas sei de perto o que pode fazer uma Multi-Resistente, como o super vírus MRSA. Por isso sem viver com medo, respeito-os pela capacidade de ganhar resistência. Mas acredito que nós seres pensantes somos capazes, mas atenção que eles também lá vão ganhando e já ganharam ao lono da história, terremo.
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