Quinta abandonada. Santarém. Agosto 2008.
R- Não, não vás ainda...preciso de descobrir qual é o teu mistério.
P - És bonito como ele era.
R - Bonito, eu? Nunca ninguém me disse tal coisa.
P - Tens uns olhos com muita luz, mas não sabes.
R - E como é que são uns olhos com luz?
P - Olhos que podem voar.
R - Tens uma conversa estranha para uma pomba.
P - Mas eu sou uma mulher!
R - E quando é que deixas de morar no corpo de um bicho? Não me digas que é quando te apaixonares...
P - Não, nunca mais poderei voltar a ter corpo e rosto de mulher.
R - Então nunca nos poderemos encontrar, se é assim porque vens aqui falar comigo, porque é que me tentas encantar...ou mesmo enlouquecer.
R - Bonito, eu? Nunca ninguém me disse tal coisa.
P - Tens uns olhos com muita luz, mas não sabes.
R - E como é que são uns olhos com luz?
P - Olhos que podem voar.
R - Tens uma conversa estranha para uma pomba.
P - Mas eu sou uma mulher!
R - E quando é que deixas de morar no corpo de um bicho? Não me digas que é quando te apaixonares...
P - Não, nunca mais poderei voltar a ter corpo e rosto de mulher.
R - Então nunca nos poderemos encontrar, se é assim porque vens aqui falar comigo, porque é que me tentas encantar...ou mesmo enlouquecer.
P -É por ti que o faço, pela luz dos teus olhos.
R - Vai-te embora, vai de uma vez, não venhas mais aqui falar comigo.
P - É mesmo o que queres? Então vou.
R - Vai-te embora, vai de uma vez, não venhas mais aqui falar comigo.
P - É mesmo o que queres? Então vou.
(...silêncio do rapaz)
R- Não, não vás ainda...preciso de descobrir qual é o teu mistério.
(no momento em que o rapaz disse estas palavras e disse-as tão baixinho, já a pomba tinha iniciado o seu voo e por isso não sabemos se as ouviu)
~CC~
1 comentário:
Talvez as crianças entendam melhor os animais realmente.
Olha eu não entendo.
Se as tuas sobrinhas os entenderem, conta-me depois
Maria
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