segunda-feira, março 03, 2008

Nasce de coisas pequenas

O amor (re)nasce a cada dia quando se deixa habitar pela ternura das coisas pequenas e por elas também é capaz de morrer.

Ela menina magra e pequenina, frágil como se qualquer vento a pudesse levar, mas ao mesmo tempo de olhos pretos espertos, embora baços a arder pela febre. Ela de choro inquieto, cabeça dorida, perdida na ausência dos pais.

Tu a acompanhares a dor da infância doente misturando a dose de xarope com a dose de viola doce, vozes que se soltam a cantarolar, como se afinal tudo estivesse bem. Ela adormece, sonhos embalados pela música. Foi assim que cheguei até ti.
~CC~

Sem comentários: