A zanga é em mim uma dor interior, contida como os mares que vivem entalados entre a terra. Mas hoje o mar era vermelho e queria romper como se fosse um oceano e nas suas ondas levasse a tempestade. Não sei se assim é melhor, dizem que o coração se torna sereno e aguenta mais longamente o estado do mundo se nos soubermos zangar. Não sei se ainda vou a tempo de começar.
Como tinha muita gente em casa sempre fui mais de chorar baixinho, vaguear pelas ruas, fazer desenhos com letras. São assim as irmãs do meio, vão-se embora quando o negro chega em vez de cerrarem os dentes e fazerem cara feia. Sei como é ir embora, mas agora às vezes não me apetece, já deixei para trás demasiadas terras.
Como tinha muita gente em casa sempre fui mais de chorar baixinho, vaguear pelas ruas, fazer desenhos com letras. São assim as irmãs do meio, vão-se embora quando o negro chega em vez de cerrarem os dentes e fazerem cara feia. Sei como é ir embora, mas agora às vezes não me apetece, já deixei para trás demasiadas terras.
~CC~
4 comentários:
E onde queres tu ir? Zanga-te, pois! Entende a zanga como depuração. Alivia.
Bjs
Podemos ir para... a primavera, por exemplo. Não é o mesmo que ir embora. E acho que tens razão. Aprender a zangarmo-nos não é coisa fácil. Também não devo ter aprendido o suficiente.
Beijo
*jj*
sou também irmão do meio e nunca soube zangar-me. o máximo que conigo é fazer expressão irada de pantomineiro. aprendi no entanto a fazer disso uma qualidade.
não te zangues. nem com os outros, nem contigo.
Bj
Afinal, em que ficamos ?! Estou a brincar, gosto mesmo é da diversidade dos vossos conselhos!
Beijos três
~CC~
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