Irrompeu por ali no meio do átrio, com a seu cabelo loiro e um sorriso grande, uma rapariga bonita que já não via há uns três anos. Veio ao meu encontro com os passos certos e quando me ia dar os dois beijos comuns, agarrou-se a mim num abraço. No meio do átrio cheio de alunos trajados a rigor, assim sem vergonha, ela ex.aluna e eu sua ex.professora ficámos por um momento abraçadas, comovidas.
Perguntei-lhe pela vida, ao que ela respondeu que a vida ia bem, mas que decidira mudar de vida e estava ali para estudar outra vez. Tinha dado aulas sim, mas tinha começado a cantar à noite, e agora tinha-se tornado sério, e ia gravar um disco. Ainda pensei que vinha então estudar música, mas disse-me que não, que tinha escolhido Comunicação Social. E como eu não estava a ver relação evidente completou: é para abrir horizontes, e preciso de estar a estudar, faz-me bem. Vou gostar de a ver por cá, respondi-lhe, mais ou menos certa de que a vida é um cruzar contínuo de caminhos, muitos deles inesperados. E que ainda hei-de abrir a minha loja de mil chás.
~CC~
2 comentários:
... e tantos chás que há pelo mundo! ... :-)
E nesse (des)cruzar há (re)encontros magníficos!
Força com a loja! Se estiver por perto, terá sempre cliente para o chá de jasmim :)
Enviar um comentário