Adoro listas para combinar com as passas, mas preciso de as fazer com tempo, não ali à boca de cena. Hoje, no blogue escrever é triste (um blogue sempre a merecer visita) lá estava uma bela lista, a aguçar-me o apetite.
É verdade que muitas das coisas que desejamos são quase impossíveis, roçam o abstracto filosófico contido num outro programa de mundo, ou para falar bem e depressa - o fim do capitalismo, deste capitalismo estúpido que conhecemos já demasiado bem. Não façam, contudo, mais perguntas. Não inventámos ainda a fórmula capaz de susbtituir o que está gasto. Há por aí contudo milhares de particulas milagrosas, a propor e a fazer coisas diferentes, resta-nos pensar que haverá um momento de fusão.
Podemos ainda diminuir a abertura da janela - ficar pelo país - outro governo, outros políticos, outro povo? Ora bolas, outro povo é que não. E mais uma vez tropeçamos, não é fácil fabricar sonhos, tudo o que queremos nos parece contaminado, dificil, problemático. Ainda nós e ainda assim outros seria a fórmula a dar ao desejo da lista, ainda assim complicado, nenhum génio da lâmpada poderia realizar tal vontade.
Deixemos assim o mundo, o país, regressemos a nós. Mas até nesta matéria os desejos simples que antes formulavámos com a maior legitimidade tais como um emprego melhor, até esses se nos afiguram pesados, como desejar um emprego mellhor se tantos não têm nem sequer um?
Quando perdemos a inocência, até desejar é difícil.
Fico-me assim por um desejo dois em um: ainda desejar, oh...ainda desejar fazer tantas coisas.
(Preparação do Pós Doc na América Latina, escrita daquele livro das histórias, estadia nas termas de Budapeste, meia maratona da ponte Vasco da Gama, retoques estéticos não invasivos, apoios para o projecto com P, n mais um passeios com J, n mais uma coisas para certas pessoas que amo tanto ou mais do que a mim própria).
~CC~