É já hoje na casa da música no Porto a abertura do AIA 2009. Máximo Ferreira, que esteve connosco na última Quarta Feira, disse de forma simples qual era o objectivo desta iniciativa: é pôr as pessoas a olhar mais para o céu. E nas última palavras: vocês ensinem os miúdos a ver, a observar e a pôr em causa estas nossas almas geocêntricas.
E falou duas horas sobre o Universo, convencendo todos que a Astronomia é a ciência que mais se aproxima da poesia. Eu saí de lá à procura das fases de Vénus, esse planeta que gira ao contrário tal e qual como quando estamos apaixonados. Vim pela noite fria a imaginar a gigantesca maternidade onde todos os dias nasce uma estrela, a lua arrastar para si a água do mar, os cometas tontos que caem nos planetas para os fazer estremecer, os lugares onde a vida se existe está tão longe de nós que caso nos vissem era na pré-história que nos situariam. Trazia comigo o sentimento de ser uma infinita particula do Universo e isso relativizava tudo, colocava as coisas numa outra dimensão e às vezes isso faz tanta falta, falta a tanta gente.
Parece que hoje também há no Porto a música das esferas. Se não a podem, como eu, ir ouvir, tentem espreitar a lua. Parece que por estes dias ela está à distância miníma a que pode estar da terra.
Parece que hoje também há no Porto a música das esferas. Se não a podem, como eu, ir ouvir, tentem espreitar a lua. Parece que por estes dias ela está à distância miníma a que pode estar da terra.
~CC~