Se eu a pudesse pintar. Desenharia os seus sete anos cheios de tempo, saltitando com a sua boneca minúscula entre as mesas do café, sorrindo aos clientes, pedindo uma palavra, uma atenção. Sorri-lhe levemente, atrapalhada com o tempo, ela bem queria mais conversa.
Se eu pudesse desenhar. Pintaria os seus olhos pretos tão sós, adormecendo o tédio com a conversa tecida com a sua minúscula boneca, enquanto a mãe tira cafés e faz sandes, uma atenção comedida à filha que trouxe para o trabalho. Disse-lhe adeus, atrapalhada com a minha própria desatenção.
(lá longe, os banhos de mar)
~CC~
2 comentários:
o que tem de ser tem muita força. bjo
Ainda assim, fica uma pintura feita de palavras.
Enviar um comentário