Enquanto eu for eu, as manhãs nas cidades que não conheço terão sempre o encanto de me levantar da cama com o espanto nos olhos e uma absurda vontade de viver.
Ao terceiro dia, seja no Rio de Janeiro (em Julho) ou em Zaragoza (acabadinha de chegar de lá) tenho a sensação que começo a compreender a cidade e a saber da expressão do rosto de quem a habita e do espanto nasce o conforto de pensar que já não me perderei se não levar o mapa.
Para todo o lugar em que a língua não é um obstáculo sério, também a ideia de ficar mais tempo se enrola nas várias ideias de futuro que habitam sempre o meu presente, um puzzle de mil sentidos em que as peças nunca estão completamente encaixadas.
Há ainda por cima agora nos povos do sul um piscar de olhos cúmplice.
~CC~
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