terça-feira, setembro 04, 2012

Do (des)amor


Receita de uma mulher (ambas entre os 30 e os 40) em voz sussurada e meiga à sua amiga:

Tens que diminuir as sms, vais espaçando, chega a um ponto que sentes que já vais conseguindo passar...uma por mês...até que isso acaba.

Uma vez, em tempos de desamor, eu e minha mana mais velha inventámos uma empresa para enviar sms de substituição, uma espécie de metadona que ajudaria à desabituação do amado. Em vez de um corte brusco e doloroso, traçavámos um plano de fortalecimento da auto estima de quem precisava desamar. Inventámos mesmo algumas: sabes que és linda e vai ser muito difícil passar sem ti, mas temos que conseguir (esta para os homens casados sem coragem de deixar a mulher pela amante). Para nós era uma diversão inventar estas sms ao mesmo tempo que os nossos TM estavam estranhamente calados.

De facto o amor invade tudo desde que somos crianças, todos nos querem ensinar a amar e nos dizem o que é o amor, mas ninguém nos fala de como fazer para deixar de amar.

Os dois métodos mais conhecidos têm um uma conotação masculina e outro feminina, passando ambos por infalíveís. O método masculino: arranjar outra. O método feminino: coligir dados para odiar quem se amou. Um e outro são na realidade péssimos.

~CC~

2 comentários:

deep disse...

Também eu preciso de uma receita para aprender a "desamar" sem dor. De súbito, vem-me à memória Caetano Veloso: http://www.youtube.com/watch?v=-6DsfXBTkYE

Um abraço. :)

sem-se-ver disse...

sou péssima a desamar, porque sou péssima a amar-me.

beijo.