sexta-feira, junho 10, 2011

Vida

A Árvore da Vida, eis o cinema sublime. Afinal ainda não vimos tudo, ainda há coisas por inventar, absolutamente originais.

Seres humanos perdidos neste universo infinito. É verdade que inventamos Deus, como podia ser de outra forma perante tamanha solidão e incerteza? Como podia ser de outra maneira se morrem os que amamos tanto?

Não sendo crente, já o chamei com a mesma voz entre o doce e o desesperado que à vez o chamam os membros desta família.

Repararam que não há nomes próprios no filme?

Apenas

mãe
pai
filho
irmão

carne da nossa carne, parte da nossa parte
maior amor, maior dor.


Deus, eis quem os descrentes como eu chamam nos dias mais escuros, com o peso da traição e a irracionalidade mais pura que habita as nossas células.

Batem fortes as ondas do mar.
Nada sabemos.

Apenas que amamos.
É isso é o melhor de nós.

~CC~

3 comentários:

Margarida Belchior disse...

Sempre atenta e chamando a atenção de coisas importantes!! Tenho que ir ver!!

:-)) Muito obrigada!!

Bjs grds e com saudades

cs disse...

Eu adorei apesar dos experts não dizerem tão bem assim. Adorei aquela aproximação incisiva na relação de pai e filho de uma família vulgar (e desde sempre um problema na adolescência masculina) e gostei da representação ao longo de séculos desde o Big Bang, pela história da vida e os seus mistérios e que não é mais do que a procura incessante por amor e por perdão.

Adorei . Desculpe o longo comentário mas foi dos primeiros locais onde vi uma critica positiva

:)

Manuel S. Fonseca disse...

as suas razões para gostar são, a meu ver, as melhores razões. Morrem mesmo os que amamos tanto.