domingo, março 22, 2009

A despacho


Ordenei a legislação da matéria em estudo por períodos dos nossos 34 anos de Democracia. Não gosto particularmente deste material, e tardo sempre em pensar como o irei ler ou usar. Por isso, fechei o dossier, convencida de que podia dar os parabéns a mim própria só por o ter feito. Mas intimamente sabia que era quase nada o que tinha produzido. Deve ter sido esse o incómodo que me fez sonhar a noite inteira com Diários da República, abria dossier e dossier de modo frenético e lia e lia, assinalando as assinaturas finais de cada decreto e sublinhando isso no meu quadro de governos/legislaturas. Até que num deles era clara uma assinatura original; vinha assinado por Deus. O espanto ou o susto foi tanto que acordei.

~CC~

1 comentário:

Gregório Salvaterra disse...

Tendo em conta alguns discursos que se têm ouvido nos últimos dias, é bem possível que haja por aí leis emanadas (em manadas) da Assembleia Celestial e promulgadas por Deus (ia escrever que deve ser o Cavaco dessa coisa, mas já ouvi dizer que é um reino - o reino de deus)e que sendo assim se devem sobrepor às leis das sociedades.
Quase tenho a certeza de que é aquela lei que proíbe o uso do preservativo.
Dorme bem.
Beijo
*jj*