quarta-feira, novembro 12, 2008

Ponte dos milagres (II)



Era uma ponte construída pelas mãos do próprio Diabo, só ele poderia incliná-la assim por cima das pedras. Mais tarde, muito mais tarde vim a saber o quanto isto era verdade, mas na altura só pensava no que a velhota me tinha dito, na ideia de trazer deste lugar uma criança abençoada pelas próprias águas. A minha história começa e termina neste lugar.
~CC~

4 comentários:

jcb disse...

Conheço bem esta ponte. Já lá andei mais que uma vez entre fascinado e interdito. Uma amiga minha chama-se Senhorinha pelas razões óbvias da lenda e da crença. Não sei se foi o Diabo quem a lançou de um a outro lado -- mas não é (a ponte) deste mundo. Por isso, nela, nos sentimos assim suspensos entre a irrealidade e a sua vertiginosa e avassaladora presença. Qualquer coisa que tem a ver com o «tempo» e que não saberia explicar.

jcb disse...

(Perdi o comentário anterior: vou tentar restabelecer...):

Conheço bem esta ponte. Tenho uma amiga que se chama Senhorinha -- por razão da lenda e da concomitante crença. Já por aqui andei mais que uma vez, muitas vezes. Não sei se foi o Diabo que a lançou de um a outro lado da encosta -- mas sei o quanto sentimos, ali, essa coisa indefinível que é o «tempo»: avassalador, intangível, poderoso, irreal.

CCF disse...

:) não se perdeu nada...felizmente!
Estão cá os dois para me ajudar a contar a história.
~CC~

Anónimo disse...

adoro.A.



.


ou seja, a sua escrita....:)


não vá o diabo atirar-me da ponte abaixo....

__________________beijo. de um piano.